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Para acessar o Curriculun Vitae de Mônica Volpini-Campos: http://lattes.cnpq.br/5535211087505678

"Não aceite de imediato tudo que chega aos seus olhos. Observe sempre com muita cautela o que parece ser um problema. Os olhos são auxiliares divinos para que tenhamos consciência do mundo exterior, mas é na mente que analisamos e concluímos aquilo que vemos. Às vezes, além dos olhos, precisamos ver com o coração." .:*(Humberto Pazian)

SISTEMAS GENITAIS HUMANOS


SISTEMA GENITAL FEMININO

O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.

 OVÁRIOSNos ovários ocorre a produção de hormônios, como, por exemplo, os hormônios sexuais femininos (estrógenos e progesterona) e ovócitos secundários (células que se tornam óvulos, ou ovos, caso haja fertilização).

TUBAS UTERINAS: Através da trompas de falópio, também conhecidas como tubas uterinas, o óvulo é coletado da cavidade abdominal, após ser expelido do ovário (ovulação), e, uma vez coletado, é conduzido em direção ao útero. Normalmente a fertilização ocorre ainda em seu interior.

ÚTEROÉ no útero que se fixará o óvulo fertilizado, ocorrendo, então, o desenvolvimento da gestação até seu final, quando ocorre o trabalho de parto.

VAGINAÉ através da vagina que os espermatozóides são introduzidos no sistema reprodutor feminino, além disso, é neste órgão que se localiza o canal de nascimento.

VULVAA vulva, chamada por alguns de pudendo feminino, localiza-se entre as coxas e compõe-se de pequenos lábios, grandes lábios, clitóris e vagina. Localizado na região pubiana, o monte de vênus é um acúmulo de gordura recoberto por pelos pubianos.


Formados por dobras de pele localizadas em cada lado do orifício vaginal, os grandes e os pequenos lábios protegem a abertura da vagina e da uretra. Localizado na parte superior dos pequenos lábios, encontramos o clitóris, um órgão com cerca de 2 cm de comprimento, constituído por tecido erétil. Ele se enche de sangue e incha durante a excitação sexual. É considerado um órgão similar ao pênis no homem. A uretra, no sistema genital feminino, abre-se entre o clitóris e a abertura da vagina. Em mulheres que nunca tiveram relações sexuais, o orifício da vagina é recoberto por uma fina membrana altamente vascularizada chamada de hímen. Normalmente, essa membrana é dotada de um orifício central que permite a passagem do fluxo menstrual e geralmente é rompida quando a mulher tem sua primeira relação sexual.




MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS


Métodos de barreiras: São métodos onde se cria literalmente uma barreira física para a fertilização.
  • Camisinha masculina: A camisinha é feita também de látex, material que tem certa elasticidade. Ela é colocada no pênis ereto do homem, com o objetivo de barrar os espermatozóides logo após a ejaculação. Na ponta, é muito importande deixar uma parte vazia sem ar, para que ali fique o esperma. Caso contrário, a camisinha pode estourar ou o esperma subir até a base do pênis, tendo contato com o corpo feminino. A camisinha, além de evitar a gravidez, também evita a aquisição de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), como sífilis, gonorréia, AIDS, etc. É um método barato e acessível a todas as camadas da sociedade, fazendo com que seja o método contraceptivo mais adotado no mundo. A sua eficácia fica em torno de 96%, se utilizada corretamente.
Camisinha masculina. Foto: Dragan Milovanovic / Shutterstock.com
  • Camisinha feminina: É um "saco" feito de mesmo material que a camisinha masculina, que possui dois anéis nas extremidades. Um serve para facilitar a introdução da camisinha na vagina, e o outro serve para segurar a camisinha na vulva, protegendo os pequenos e grandes lábios também. Evita a aquisição de DSTs e AIDS. A eficácia contra a gravidez é de aproximadamente 97%.

Camisinha feminina. Foto: nito / Shutterstock.com
  • Diafragma: É uma pequena cúpula feita de látex ou silicone, que deve ser introduzido na vagina momentos antes da relação sexual. Ele se encaixará na entrada do útero, obstruindo-o. Essa obstrução evita que os espermatozóides encontrem o óvulo (ovócito secundário). É altamente recomendado que se utilize juntamente com uma pomada espermicida, para aumentar a eficácia. Deve ser removido somente seis horas após a ejaculação do homem, para garantir que todos os espermatozóides já tenham morrido. A eficácia desse método é de aproximadamente 80%.
Métodos hormonais ou químicos
  • Método injetável: Com uma seringa são injetados hormônios que evitam a ovulação em certo período (mensal ou trimestral). Após a interrupção das injeções, é possível engravidar seis meses depois. Sua eficácia é de aproximadamente 98,5%. Deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico. 
Esse método não é recomendado para mulheres acima de 35 anos e fumantes, pois pode trazer algumas complicações para a saúde. Também deve ser evitado o uso por mulheres que tiveram trombose, glaucoma, problema cardiovascular, hepatites, hipertensão, neoplastias, diabetes, entre outros. O uso em períodos de amamentação pode prejudicar a produção de leite.
  • Implante: São implantados no braço pequenos bastões que contêm hormônios, que impedem a ovulação e são liberados gradativamente, por até 3 anos. Após a interrupção do uso desse método, é possível engravidar após um ano.
  • Pílula do dia seguinte: Contém grande quantidade de hormônios (levonorgestrel), que cria um ambiente desfavorável aos espermatozóides e também evita a ovulação. É utilizada em casos de emergência, como um furo na camisinha, ou vazamento de esperma, etc. Não deve ser utilizada com muita frequência, pois pode desregular o ciclo menstrual. Eficácia de 99,9%. Deve ser tomada em até 4 dias após a relação sexual, após esse período, a eficácia da pílula cai bastante. Ela somente previne a gravidez de relações sexuais anteriores, não futuras.
  • DIU - Dispositivo intra-uterino: É uma peça de plástico banhada de cobre, material que funciona como espermicida. O DIU é colocado dentro do útero pelo médico, durante o período menstrual, quando o colo do útero está mais aberto. O dispositivo pode ficar por muitos anos no útero, mantendo a sua eficácia, desde que tenha acompanhamento do ginecologista. Não protege contra DSTs, e em caso de uma possível gravidez (eficácia de 98%), pode ter efeito abortivo.
Dispositivo intra-uterino (DIU). Foto: Image Point Fr / Shutterstock.com



Métodos comportamentais: São métodos que se baseiam apenas no comportamento dos individuos que praticam o ato sexual.

  • Coito interrompido: Consiste em retirar o pênis de dentro da vagina momentos antes da ejaculação. Esse método é bastante falho, pois antes da ejaculação é expelido outro líquido, lubrificante, que também contém espermatozóides capazes de fecundar o óvulo.
  • Método de Ovulação Billings: Também conhecido como Método Billings, é um método de Regulação Natural da Fertilidade, em que o casal identifica o período fértil, com base nas observações que a mulher faz de seu corpo e identifica os sinais de fertilidade e infertilidade. É melhor utilizado quando a mulher quer engravidar, e não o contrário.
Para usar o método é importante que seja feito um acompanhamento com instrutora qualificada pela Organização Mundial do Método de Ovulação Billings, no Brasil representada pela CENPLAFAM. As observacões são feitas na vulva enquanto a mulher está em suas atividades diárias normais. Não é feito exame interno. As características mais férteis do dia são registradas a cada noite com uma ou  duas palavras para descrever a sensação e a aparência. Selos coloridos ou símbolos são usados em gráfico.

A mulher reconhece o começo de sua fertilidade pela mudança na sensação vulvar espontânea e talvez por observações visuais diferentes de seu Padrão Básico de Infertilidade. Próximo da ovulação, a sensação se torna escorregadia, o muco visível pode diminuir ou desaparecer, e pode haver uma sensibilidade intensificada e edema vulvar. O registro do gráfico da mulher revelará um padrão de desenvolvimento progressivo, refletindo a resposta cervical aos níveis crescentes de estrógeno. A fertilidade do casal está portanto regulada pelas distintas funções das secreções cervicais em resposta a produção de mudança dos hormônios ovarianos.

O Método possui 4 Regras que podem ser usadas durante todas as etapas da vida  reprodutiva da mulher.

É um método que pode ser falho se for mal acompanhado, pois depende muito da interpretação da mulher, e também porque outros fatores podem influenciar na consistência do muco, como calcinhas apertadas, infecções, excitação, etc. Esse método serve mais para saber o dia em que se deve ter relações sexuais afim de ter uma gravidez do que evitá-la.

  • Tabelinha: É uma tabela do ciclo hormonal e fértil da mulher, detectando assim, os dias em que pode ter relações sexuais com menor risco de gravidez.
Todo mês, deve-se marcar em um calendário a data de início da menstruação. Isto deve ser feito por no mínimo seis meses, para que se tenha uma informação correta sobre o ciclo hormonal. O número de dias entre as menstruações dividido por dois indica o meio do ciclo. Nos três dias antes e depois do meio (incluindo o dia de referência), não se deve ter relações sexuais, ou utilizar camisinha.

Toda mulher possui um ciclo hormonal diferente, então é muito importante ficar os seis meses criando a tabela com as informações dos ciclos. Por exemplo, uma mulher que inicia o ciclo menstrual no primeiro dia do mês, e tem outra menstruação no dia 28, tem um ciclo menstrual de 28 dias, sendo férteis os dias 11, 12, 13, 14, 15, 16 e 17, quando o óvulo está sendo liberado.

Se no período de "testes" for detectado uma variação maior que 10 dias entre os ciclos mais longos e curtos, esse método não é recomendado. Também deve ser evitado por mulheres que têm o ciclo irregular, seja por qualquer motivo. Importante lembrar que nem sempre os dias do ciclo serão numericamente iguais aos do mês.

Métodos cirúrgicos
  • Laqueadura ou Ligação de Trompas: É uma intervenção cirúrgica, onde as trompas da mulher são amarradas ou cortadas, evitando com que o óvulo e os espermatozóides se encontrem. É um método definitivo, ou seja, depois que a laqueadura é feita, é impossível engravidar novamente. Deve ser um método utilizado com muita certeza do que se está fazendo. Muitas mulheres se arrependem anos após a realização da esterilização, mesmo que tenham dito ter certeza do que queriam fazer. Só é indicado para mulheres maiores que 25 anos que já tenham pelo menos 2 filhos.
  • Vasectomia: É uma cirurgia feita na bolsa escrotal do homem, por onde passa o canal deferente. Esse canal é cortado, impedindo que os espermatozóides cheguem ao esperma. Isso não faz com que o homem fique impotente, nem prejudica a produção de testosterona pelos testículos. Esse método contraceptivo só é feito por recomendação médica, sendo requisitos ter no mínimo 25 anos ou dois filhos vivos, e ter passado por grupos educativos, pois é um processo irreversível. (veja o vídeo na Página do Sistema Genital Masculino).

SISTEMA GENITAL MASCULINO



                        O sistema genital masculino humano é composto por órgãos externos, como o pênis; e internos, como a próstata

sistema genital masculino é composto pela bolsa escrotal, testículos, vias espermáticas (epidídimo, ducto deferente e uretra), glândulas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e pênis.

A bolsa escrotal, um órgão par, também conhecido como escroto ou saco escrotal, é uma bolsa de pele que se localiza abaixo do pênis. No interior dessa bolsa encontramos as gônadas masculinas, mais conhecidas como testículos. Nos testículos podemos encontrar milhares de tubos enovelados chamados detúbulos seminíferos, onde os espermatozoides são produzidos por meio da espermatogênese. Nos túbulos seminíferos, os espermatozoides são nutridos pelas células de Sertoli. A bolsa escrotal, além de proteger os testículos, tem a função de manter a temperatura deles em torno de um grau abaixo da temperatura corporal, fundamental para que ocorra a produção dos espermatozoides.
Figura ilustrando o interior dos testículos
Depois de formados, os espermatozoides saem dos túbulos seminíferos e são encaminhados para os ductos eferentes, de onde seguirão para os epidídimos. Nos epidídimos, os espermatozoides ganharão mobilidade e serão encaminhados para os ductos deferentes, antigamente chamados de canais deferentes. Os ductos deferentes são dois tubos que saem um de cada testículo e passam pelo abdome, contornando a bexiga até fundirem-se ao ducto das glândulas seminais, compondo o ducto ejaculatório, que desemboca na uretra. Todos os espermatozoides produzidos ficam armazenados no epidídimo e nos ductos deferentes até serem eliminados na ejaculação.

As glândulas seminais, também chamadas de vesículas seminais, são encontradas atrás da bexiga e acima da próstata. Elas produzem um líquido alcalino que é lançado no ducto ejaculador e tem a função de nutrir os espermatozoides durante sua viagem em direção ao óvulo. Por ser de natureza alcalina, esse líquido neutraliza o ambiente ácido da uretra masculina e do trato genital feminino, tornando esse ambiente ideal para os espermatozoides. Esse líquido produzido por essas glândulas compõe cerca de 60% do volume total do esperma, também chamado de sêmen.


próstata tem aproximadamente 4 cm de diâmetro e se localiza abaixo da bexiga urinária. Ela produz uma secreção, nutritiva para os espermatozoides, que constitui entre 15 e 30% do esperma.

Localizadas abaixo da próstata encontramos as glândulas bulbouretrais, também conhecidas como glândulas de Cowper. Durante a excitação sexual, essas glândulas produzem um líquido alcalino que é lançado na uretra com a função de limpá-la, para que haja diminuição de espermatozoides danificados durante a ejaculação.

uretra é um canal que passa por dentro do pênis e é comum aos sistemas urinário e genital, ou seja, por esse canal são conduzidos o esperma e a urina.

pênis é o órgão copulador masculino. Ele possui tecidos esponjosos ricos em vasos sanguíneos: oscorpos cavernosos do pênis e o corpo esponjoso do pênis. Os corpos cavernosos do pênis são formados por tecido erétil que se enchem de sangue durante a excitação sexual, fazendo com que ocorra a ereção do pênis, tornando possível o ato sexual.

Na extremidade do pênis encontramos a glande, que é protegida pelo prepúcio, que deve ser sempre higienizado para eliminar as secreções de células epiteliais que se acumulam e causam mau cheiro. Há casos em que a glande não consegue ser exposta por causa do estreitamento do prepúcio. Quando isso acontece, dizemos que o indivíduo está com fimose. Nesses casos, o prepúcio deve ser removido cirurgicamente por meio da circuncisão.

Quando o homem atinge o clímax sexual, o esperma é expulso do corpo através da uretra em um processo chamado de ejaculação. Em cada ejaculação o homem expulsa cerca de 3mL a 4mL de esperma, que contém de 300 a 500 milhões de espermatozoides.

VASECTOMIA OU DEFERENTECTOMIA


O que é a vasectomia ou deferentectomia?

vasectomia ou Deferentectomia é um método contraceptivo aonde são ligados os canais deferentes masculinos, interrompendo, assim, a circulação dos espermatozoides. Trata-se de um método de concepção voluntário, destinado a homens que não querem mais ter filhos. A vasectomia torna o homem estéril, mas, diferente do que muitos pensam, não interfere na produção de hormônios masculinos e nem no desempenho sexual.

Como é feita a cirurgia da vasectomia?

O procedimento de vasectomia é simples, feito com anestesia local. Consiste na retirada de um pedaço de cada um dos ductos deferentes, que é por onde passa o esperma dos testículos até a vesícula seminal, sendo amarradas, ou cauterizadas, as suas partes remanescentes, evitando sua recanalização. Dessa forma, os espermatozoides não farão mais parte do sêmen, pois não conseguirão chegar até onde ele é produzido, ou seja, na vesícula seminal. Ao carecer de uma passagem anatômica natural, os espermatozoides são consumidos por células do nosso sistema imunológico (macrófagos) e degeneram-se, formando antígenos (substâncias desconhecidas ao nosso organismo). Então, anticorpos são produzidos, atacando os espermatozoides, gerando “anticorpos antiesperma”.
A cirurgia dura cerca de vinte minutos e não é necessária internação hospitalar, podendo o paciente deixar a clínica ou o hospital logo depois da mesma.


Como é o pós-operatório da vasectomia?

O paciente pode retomar as suas atividades cotidianas normalmente, mas é recomendado que o casal faça uso de algum método contraceptivo por aproximadamente dois meses, já que podem ter espermatozoides remanescentes. 
Por 3 a 5 dias depois da operação, é possível que o homem sofra de pequenos problemas na pele do escroto.  
As taxas de falha da vasectomia são menores que 1%, mas é recomendado, mesmo assim, que o paciente examine a próstata a partir dos 40 anos de idade.  
Depois da vasectomia, a produção de esperma é a mesma que antes, aproximadamente 50.000 espermatozoides por minuto, ressaltando que ela não interfere no volume do sêmen e, tampouco, na ereção e libido masculina.

Quais são os benefícios da vasectomia?

A vasectomia é um método contraceptivo a longo prazo e extremamente eficiente. Além disso, é um procedimento simples e econômico, com poucas complicações e baixíssima mortalidade. Ainda, diferente da ligadura de trompas feminina, pode ser revertido, processo esse conhecido por vasoanastomose. Essa cirurgia, todavia, é significativamente cara e não apresenta muita eficácia, principalmente em homens que se submeteram a vasectomia há muitos anos.

Por Mônica Volpini-Campos
Graduada em Biologia, Mestra em Biologia Celular e Estrutural.

COMO É FEITO A VASECTOMIA? (Vídeo)


Por Mônica Volpini-Campos
Graduada em Biologia, Mestra em Biologia Celular e Estrutural.



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